
Por Erick Issa
O comunicador José Eduardo Figueiredo Alves é natural de Salvador. Não é graduado em Jornalismo, o máximo que fez foi um curso de especialização em rádiojornalismo na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). José Eduardo apresenta de segunda a sexta o programa Se Liga Bocão na TV e rádio Itapoan.
“Eu sou polêmico”
Erick: Porque o apelido Bocão?
Bocão: Porque tinha que fazer um programa e o programa tinha que ter algum nome. Então era eu e mais dois sócios e demos o nome. Como ia ser um programa de entretenimento, de fofocas da cidade, aí colocamos o nome Bocão, mas o programa mudou e o nome ficou.
Erick: O que você define como sendo ética jornalística?
Bocão: Ética Jornalística pra mim é tudo que o povo quer saber, acredita e confia. Às vezes você pousa de ético e faz tudo ao contrário. Na verdade ética jornalística é você mostrar a verdade pra população que esteja em casa acreditar em você. A partir do momento que a população acredita em você, a ética existe.
Erick: O que você pensa dos colegas de trabalho que o acusam de ser antiético?
Bocão: Eu acho que é mais pelo lado imprenso. Porque no lado impresso a gente sofre este tipo de preconceito, justamente por fazer um programa popular, um programa voltado pra população carente e que precisa. De repente eles acham que isso é apelo. Acham que isso é uma forma de ganhar audiência, mas eu contesto isso de forma veemente, porque o que eles fazem também não é ético. Muitas vezes eles acusam as pessoas e depois não tem prova. Vocês podem perceber que todos esses que acusam tem muito mais processos do que eu.
Erick: Como você comentaria a afirmação de um locutor esportivo de uma rádio concorrente que afirma que você caiu de pára-quedas na imprensa baiana?
Bocão: Porque ele acha que eu cheguei à imprensa baiana esportiva agora. Como ele já está ficando um pouco mais velho e aí a idade pesa um pouquinho, talvez ele não se lembre que eu estou na imprensa esportiva desde 1988.
Erick: Você fica chateado com essas críticas vindas da imprensa ou leva numa boa?
Bocão: Na hora só que o sangue sobe, mas depois volta ao normal, afinal de contas sucesso em todo Brasil incomoda e quando é de repente, porque o programa estourou em apenas dois anos. Talvez essas pessoas aí estejam com a mente ainda arcaica, uma coisa retrógrada e não entendam. Aí partem pro desabafo, pra histeria e pra crítica.
Erick: Você já trabalhou como assessor de imprensa?
Bocão: Eu tenho uma empresa de assessoria de imprensa onde trabalham quatro jornalistas e dois estagiários. Essa empresa é tocada pelos jornalistas mesmo. Eu pouquíssimo vou lá.
Erick: Muitos ouvintes questionam que você é assessor de imprensa do jogador Edílson, então não é verdade?
Bocão: Já fui. Há quatro anos atrás eu fiz assessoria pra casa de show dele e pra ele. Fui de Popó, Edílson, Ricardo Chaves. Hoje eu tenho Cheiro de Amor, Gilmelândia, Jammil e Asa de águia.
Erick: O que você acha das críticas dos torcedores do Bahia e do Vitória advindas do site de relacionamentos Orkut?
Bocão: Eu não tenho tempo para ver Orkut. Não gosto de torcedor de Orkut, sinceramente. Eu acho que é o tipo de torcedor que não vai pro estádio e fica ali no orkut brincando. Percebo que como eu e o programa somos polêmicos, dificilmente as pessoas vão aceitar. Principalmente este tipo de torcedor de Orkut, mas se fizer uma pesquisa, 99% da torcida me aceita e gosta. É por isso que eles participam com mais de 200 ligações em uma hora de programa.
Erick: Você pensa em ser político?
Bocão: Não penso, pelo menos agora.
Erick: Você já se arrependeu de alguma declaração sua por medo de algum processo?
Bocão: Várias. Na ânsia de se expressar, você às vezes comete erros. O que você tem a fazer depois é pedir desculpas, mas não ao vivo. Ligar pra pessoa e dizer que cometeu um erro e pedir desculpas. Eu peço várias vezes.
Erick: Muitos ouvintes afirmam que você é torcedor do Vitória, mas você não assume isso. Finalmente, qual é o seu time?
Bocão: Meu time atualmente é audiência esporte clube. Quando o Bahia e o Vitória não sobem ou descem eu fico triste e fico desesperado, porque é mais um time onde eu não vou poder vender comercial, publicidade e nem correr atrás. Já torci muito atrás. Há uns 15 anos eu torcia pelo Vitória, mas depois que eu entrei no rádio desencanei. Não quero nem saber.
Erick: Existe um vídeo da época que você era repórter que mostra o torcedor José Eduardo comemorando um gol de Alex Alves pelo Vitória. A torcida do Bahia até hoje comenta que você é torcedor do Vitória devido a este fato. Como você se defende?
Bocão: O fato aconteceu, mas eu comemorei pelo gol que foi na época de Alex Alves. O jogo foi Vitória e Corinthians. Ele saiu driblando do campo dele até o do adversário e fez o gol. Na época eu já trabalhava pela TV Itapoan e estava no fundo do gol. Essa matéria está até no site Youtube, o pessoal acessa aí e vê. Eu realmente comemorei pelo gol, não pela torcida e nem pelo Vitória.
Erick: Para encerrar a nossa entrevista, gostaríamos que você fizesse um breve resumo sobre sua carreira.
Bocão: Eu comecei no jornalismo em 1988, quando meu pai me levou para participar de um teste na Rádio Cultura. Passei nesse teste, depois eu fui pra Rádio Bahia, Itaparica e Bandeirantes. Depois fui chamado por Varela em 1989 para ir pra equipe de esportes da TV Itapoan, na época era o Telesportes. Eu tinha 19 anos. Passei no teste e fiquei de 1989 a 1992 na TV Itapoan. A TV Bahia me chamou e eu fiquei de 1992 a 2002. Depois eu me desliguei da emissora e fui fazer assessoria de imprensa. Montei um programa de rádio na Transamérica que passou pra 104 FM. Finalmente montei projetos de TV e mandei para algumas TVs. A TV Aratu aceitou e estourou de dois anos pra cá. Tudo foi muito rápido
O comunicador José Eduardo Figueiredo Alves é natural de Salvador. Não é graduado em Jornalismo, o máximo que fez foi um curso de especialização em rádiojornalismo na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). José Eduardo apresenta de segunda a sexta o programa Se Liga Bocão na TV e rádio Itapoan.
“Eu sou polêmico”
Erick: Porque o apelido Bocão?
Bocão: Porque tinha que fazer um programa e o programa tinha que ter algum nome. Então era eu e mais dois sócios e demos o nome. Como ia ser um programa de entretenimento, de fofocas da cidade, aí colocamos o nome Bocão, mas o programa mudou e o nome ficou.
Erick: O que você define como sendo ética jornalística?
Bocão: Ética Jornalística pra mim é tudo que o povo quer saber, acredita e confia. Às vezes você pousa de ético e faz tudo ao contrário. Na verdade ética jornalística é você mostrar a verdade pra população que esteja em casa acreditar em você. A partir do momento que a população acredita em você, a ética existe.
Erick: O que você pensa dos colegas de trabalho que o acusam de ser antiético?
Bocão: Eu acho que é mais pelo lado imprenso. Porque no lado impresso a gente sofre este tipo de preconceito, justamente por fazer um programa popular, um programa voltado pra população carente e que precisa. De repente eles acham que isso é apelo. Acham que isso é uma forma de ganhar audiência, mas eu contesto isso de forma veemente, porque o que eles fazem também não é ético. Muitas vezes eles acusam as pessoas e depois não tem prova. Vocês podem perceber que todos esses que acusam tem muito mais processos do que eu.
Erick: Como você comentaria a afirmação de um locutor esportivo de uma rádio concorrente que afirma que você caiu de pára-quedas na imprensa baiana?
Bocão: Porque ele acha que eu cheguei à imprensa baiana esportiva agora. Como ele já está ficando um pouco mais velho e aí a idade pesa um pouquinho, talvez ele não se lembre que eu estou na imprensa esportiva desde 1988.
Erick: Você fica chateado com essas críticas vindas da imprensa ou leva numa boa?
Bocão: Na hora só que o sangue sobe, mas depois volta ao normal, afinal de contas sucesso em todo Brasil incomoda e quando é de repente, porque o programa estourou em apenas dois anos. Talvez essas pessoas aí estejam com a mente ainda arcaica, uma coisa retrógrada e não entendam. Aí partem pro desabafo, pra histeria e pra crítica.
Erick: Você já trabalhou como assessor de imprensa?
Bocão: Eu tenho uma empresa de assessoria de imprensa onde trabalham quatro jornalistas e dois estagiários. Essa empresa é tocada pelos jornalistas mesmo. Eu pouquíssimo vou lá.
Erick: Muitos ouvintes questionam que você é assessor de imprensa do jogador Edílson, então não é verdade?
Bocão: Já fui. Há quatro anos atrás eu fiz assessoria pra casa de show dele e pra ele. Fui de Popó, Edílson, Ricardo Chaves. Hoje eu tenho Cheiro de Amor, Gilmelândia, Jammil e Asa de águia.
Erick: O que você acha das críticas dos torcedores do Bahia e do Vitória advindas do site de relacionamentos Orkut?
Bocão: Eu não tenho tempo para ver Orkut. Não gosto de torcedor de Orkut, sinceramente. Eu acho que é o tipo de torcedor que não vai pro estádio e fica ali no orkut brincando. Percebo que como eu e o programa somos polêmicos, dificilmente as pessoas vão aceitar. Principalmente este tipo de torcedor de Orkut, mas se fizer uma pesquisa, 99% da torcida me aceita e gosta. É por isso que eles participam com mais de 200 ligações em uma hora de programa.
Erick: Você pensa em ser político?
Bocão: Não penso, pelo menos agora.
Erick: Você já se arrependeu de alguma declaração sua por medo de algum processo?
Bocão: Várias. Na ânsia de se expressar, você às vezes comete erros. O que você tem a fazer depois é pedir desculpas, mas não ao vivo. Ligar pra pessoa e dizer que cometeu um erro e pedir desculpas. Eu peço várias vezes.
Erick: Muitos ouvintes afirmam que você é torcedor do Vitória, mas você não assume isso. Finalmente, qual é o seu time?
Bocão: Meu time atualmente é audiência esporte clube. Quando o Bahia e o Vitória não sobem ou descem eu fico triste e fico desesperado, porque é mais um time onde eu não vou poder vender comercial, publicidade e nem correr atrás. Já torci muito atrás. Há uns 15 anos eu torcia pelo Vitória, mas depois que eu entrei no rádio desencanei. Não quero nem saber.
Erick: Existe um vídeo da época que você era repórter que mostra o torcedor José Eduardo comemorando um gol de Alex Alves pelo Vitória. A torcida do Bahia até hoje comenta que você é torcedor do Vitória devido a este fato. Como você se defende?
Bocão: O fato aconteceu, mas eu comemorei pelo gol que foi na época de Alex Alves. O jogo foi Vitória e Corinthians. Ele saiu driblando do campo dele até o do adversário e fez o gol. Na época eu já trabalhava pela TV Itapoan e estava no fundo do gol. Essa matéria está até no site Youtube, o pessoal acessa aí e vê. Eu realmente comemorei pelo gol, não pela torcida e nem pelo Vitória.
Erick: Para encerrar a nossa entrevista, gostaríamos que você fizesse um breve resumo sobre sua carreira.
Bocão: Eu comecei no jornalismo em 1988, quando meu pai me levou para participar de um teste na Rádio Cultura. Passei nesse teste, depois eu fui pra Rádio Bahia, Itaparica e Bandeirantes. Depois fui chamado por Varela em 1989 para ir pra equipe de esportes da TV Itapoan, na época era o Telesportes. Eu tinha 19 anos. Passei no teste e fiquei de 1989 a 1992 na TV Itapoan. A TV Bahia me chamou e eu fiquei de 1992 a 2002. Depois eu me desliguei da emissora e fui fazer assessoria de imprensa. Montei um programa de rádio na Transamérica que passou pra 104 FM. Finalmente montei projetos de TV e mandei para algumas TVs. A TV Aratu aceitou e estourou de dois anos pra cá. Tudo foi muito rápido